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Criticas

O Exterminador do Futuro: Gênesis

Titulo Original: Terminator Genisys

Não tente entender O Exterminador do Futuro

Chico Castro Jr.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

É uma pena, mas ainda não foi desta vez que a franquia O Exterminador do Futuro ganhou uma continuação à altura dos seus dois primeiros filmes. Não que O Exterminador do Futuro - Gênesis seja simplesmente ruim.

Não é o caso de jogá-lo na vala, como seu antecessor, o fracassado O Exterminador do Futuro - Salvação (2009) - produzido no período em que Schwarzenegger era Governador da Califórnia -, que tinha Christian Bale como protagonista.

Gênesis nunca chega a entediar, pelo contrário: tem bom ritmo, diverte, entretém e espanta (no bom sentido) o espectador com suas elaboradas cenas de batalhas, lutas e perseguições, além dos efeitos especiais de primeira.

Até mesmo ícones da franquia estão presentes, como o androide T-800 original (Arnoldão jovem, recriado em CGI), o T-1000 de metal líquido e as maravilhosas frases de efeito: "Venha comigo se quiser viver" e "I'll be back", esta última dita com o velho charme austríaco do brucutu-mór.

Vai e volta no tempo

O problema do filme, visto como um renascimento da franquia com as bênçãos do seu criador James Cameron, é que seu roteiro não faz absolutamente nenhum sentido.

E este é o problema de brincar com o tema das viagens no tempo. A cada filme, mais e mais paradoxos temporais (impossibilidades geradas pelos deslocamentos entre épocas) vão surgindo, até que a trama fica muito complicada - ou simplesmente deixa de fazer sentido, mesmo.

É um tal de volta no tempo e avança no futuro, que, a certa altura do filme, o espectador apenas desiste de tentar entender e resolve só apreciar o espetáculo multimilionário. O resumo do filme surge na boca de um dos personagens, quando diz: "Viagem no tempo dá muita dor de cabeça".