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Criticas

Exorcistas do Vaticano

Titulo Original: The Vatican Tapes

Filme de exorcismo é cansativo e nada assustador

Bruno Porciuncula

É estranho quando, depois de 90 minutos, um filme sobre uma jovem possuída – depois de cortar o dedo na hora de partir o bolo de aniversário – é lembrado mais por momentos de comédia involuntária do que por assustar.

E é esse o caso de Exorcistas do Vaticano, longa cansativo, que não traz nada de novo para o gênero, e já está em cartaz em Salvador. 

Elenco no automático

A direção de Mark Neveldine (do bom Adrenalina) é preguiçosa, utilizando também imagens de câmeras de segurança de diversos locais por onde a jovem possuída passa – e o “espírito do mal” só se mostra nas imagens destes aparelhos. A preguiça do diretor parece ter contagiado o elenco do longa.

Exorcistas do Vaticano tem bons atores, mas do início dos anos 2000, como Dougray Scott (o quase James Bond, antes de Daniel Craig, e quase Wolverine, antes do personagem cair no colo de Hugh Jackman – que deve agradecer diariamente) e Djimon Hounsou, que atingiu o ápice no excelente Diamantes de Sangue, de 2006, pelo qual concorreu ao Oscar de ator coadjuvante.

De resto, não dá para levar a sério um longa – mesmo que de terror – no qual a possuída coloca três ovos pela boca representando a santíssima trindade “pai”, “filho” e “espírito santo”. Ainda não foi desta vez que tivemos um clássico contemporâneo de terror.