Cineinsite

FILME

Criticas

Hitman: Agente 47

Titulo Original: Hitman: Agent 47

Hitman: Agente 47 não empolga com roteiro confuso

Bruno Porciuncula

Quando um filme começa com uma longa introdução que confunde mais do que explica, é preciso se preparar para o que vem pela frente – e, no frigir dos ovos, tentar ver o que entende.

Ou, como muitos preferem, “desligar o cérebro” e apenas assistir passivamente cenas ininterruptas de tiros e correria. O pior é que, nem nesse quesito, Hitman: Agente 47, que já está nos cinemas de Salvador, empolga.

O longa é a segunda tentativa de adaptação do jogo para videogames homônimo. E, assim como a primeira, lançada em 2007, frustra os amantes dos quatro jogos – que são ótimos – e de bons filmes de ação.

Geneticamente alterados

Hitman (Rupert Friend) é um assassino geneticamente modificado. Para ser produtivo, é retirado dele qualquer traço de emoção. Ele tem a missão de matar Katia van Dees (Hannah Ware), filha do responsável pelo programa que criou o assassino. Katia também foi alterada geneticamente – e tem superaudição e consegue prever o futuro.

Ela quer encontrar o pai, que é procurado por John Smith (Zachary Quinto, aqui, canastrão), um homem que quer que o programa de assassinos modificados volte a funcionar.

Diálogos ruins

A adaptação tem cenas clássicas dos games, como as trocas de identidade de Hitman, mas é muito pouco para empolgar. O roteiro escrito por Skip Woods (X-Men Origens: Wolverine) e Michael Finch (Predadores) não cria momentos de tensão, nem grandes cenas. E ainda tem diálogos sofríveis como “Não dá para desligar medo ou amor” e “Determinamos o que somos pelo que fazemos”.

As atuações também não ajudam muito. O pouco conhecido Rupert Friend (da série Homeland) até que se esforça, mas o personagem não é um cara por quem a gente vá torcer, o que é péssimo para um filme.

Hitman: Agente 47 é o típico filme para se assistir quando estiver em casa, zapeando os canais da televisão e, quando acaba, torna-se facilmente esquecível.