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Grace de Mônaco

Titulo Original: Grace of Monaco

Falta identidade no filme Grace de Mônaco

Bruno Porciuncula

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Grace de Mônaco chega aos cinemas brasileiros mais de um ano e meio depois de ser detonado pela crítica no Festival de Cannes.

Não é para menos, o longa, protagonizado por Nicole Kidman - que precisa urgentemente para de usar botox para voltar a ter alguma expressão - é um filme sem identidade: derrapa tentando ser um “conto de fadas” da vida real e escorrega quando parte para o drama político.

Casamento real

A história começa com Grace Kelly se despedindo de Hollywood, no set do seu último filme, Alta Sociedade (1956), para realizar o sonho de 10 em cada 10 mulheres (calma meninas, das jovens da época, claro): casar-se com um príncipe Rainier III, de Mônaco, em uma cerimônia que encantou o mundo.

A partir daí, salta para o período em que o Mônaco sofreu pressão da França para taxar seus cidadãos e empresas, sob o risco de ser invadido pelas tropas do presidente De Gaulle.

Nesse interin, Grace aceita o convite de Hitchcock para voltar ao cinema e choca a sociedade de Mônaco.

"Pobre" princesa

O filme tem pitadas de dramalhão - no pior sentido da palavra -, com direito a conspirações reais típicas de histórias de princesas.

A relação do casal é mal explorada e ainda pinta Rainier III da pior forma possível - não à toa, a família real de Mônaco criticou o filme. Grace Kelly é uma verdadeira "pobre menina rica". Princesa, mas triste em cada segundo do filme.

Nicole Kidman também não convence como Grace Kelly. Apesar de continuar bonita, os 42 anos já são perceptíveis e não se comparam com os 32 que atriz/princesa tinha na época retratada no filme.

Ao perder o foco da narrativa, Grace de Mônaco desperdiça a chance de contar uma história interessante