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Criticas

American Ultra: Agentes Improváveis

Titulo Original: American Ultra

Loser transforma-se em agente de elite no filme American Ultra

Chico Castro Jr.

Jesse Eisenberg (o Lex Luthor do vindouro Batman vs. Superman) e Kristen Stewart (Saga Crepúsculo) se reencontram na tela em American Ultra: Armados e Alucinados, seis anos depois de atuarem em Férias Frustradas de Verão (Adventureland, 2009).

Vendido como uma comédia de ação, American Ultra está muito mais para este último gênero do que para o primeiro, já que raramente leva ao riso. Título e trama se referem ao famigerado programa governamental norte-americano MK Ultra (de Mind Kontrol).

Fato verídico, o MK Ultra foi desenvolvido pela CIA nos anos 1950 e tentava criar, à base de LSD e hipnose, sleeper cells (agentes adormecidos): operativos que não sabiam de sua condição e poderiam ser ativados através de um gatilho pós-hipnótico, como uma palavra, uma música ou uma imagem.

No filme, Mike Howell (Eisenberg) é o “Jason Bourne” da vez, um loser usuário de maconha que só tem um emprego de caixa de loja de conveniência e uma namorada (Stewart). Tudo muda quando um burocrata da agência de inteligência (Topher Grace, de That 70’s Show, perdido no papel) resolve encerrar o programa Ultra e eliminar o último agente adormecido.

Ao ser atacado, a programação de superagente assassino de Mike aflora, e ele sai distribuindo porrada pra todo lado, utilizando o que encontra pela frente.

O filme tem bom ritmo e é bem violento – condizente com o gênero a que se propõe. O problema é que não passa disso. A trama parece ter sido enxugada ao máximo e jamais se aprofunda no assunto do Programa Ultra, que tem bases reais e poderia render uma trama conspiratória de tons políticos muito mais extravagante e interessante.

No fim das contas, uma boa sessão da tarde – e só.