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Criticas

Orgulho, Preconceito e Zumbis

Titulo Original: Pride and Prejudice and Zombies

Zumbis são pano de fundo em filme divertido, mas irregular

Bruno Porciuncula

A história de Elizabeth Bennet (Lily James) que, à primeira vista, se irrita com o arrogante senhor Darcy (Sam Riley) é mundialmente conhecida desde que Jane Austen publicou o clássico Orgulho e Preconceito, há mais de 200 anos.

Há sete, no auge da invasão zumbi na cultura pop, Seth Grahame-Smith inseriu os mortos-vivos no mundo de Austen e deu origem a Orgulho e Preconceito e Zumbis, que ganha uma adaptação cinematográfica já em cartaz na cidade.

Pano de fundo

Dirigido por Burr Steers (17 Outra Vez), o problema do longa é que mostra muito do orgulho e do preconceito e pouco dos zumbis que, a bem da verdade, são utilizados apenas como pano de fundo para uma invasão em Londres e, a partir daí, movimentar a trama.

O pouco que mostra, pelo menos, serve para ressaltar a força das mulheres, algo tão presente nas obras de Jane Austen.

As irmãs Bennets, por exemplo, são todas excelentes nas artes marciais orientais, mas perdem força com a falta de habilidade do diretor em cenas de ação.

O elenco se sustenta apenas na ótima atriz Lily James, que está começando a se destacar depois de fazer o seriado Downton Abbey e protagonizar Cinderela. Ela é responsável pelos melhores momentos, tanto de ironia como de força e leveza.

Os demais, como Sam Riley e George Wickham, que interpreta George Wickham, destoam, soando canastrões em um longa claramente despretensioso.

Orgulho e Preconceito e Zumbis ao final consegue divertir, mas é esquecível. Que pelo menos sirva para interessar ao público mais jovem a procurar a ótima obra original - de Jane Austen, não a com zumbis.