Terceira maior bilheteria nos Estados Unidos no último fim de semana, com US$ 18,120 milhões, ficando atrás de Zootopia e Batman vs Superman, o primeiro colocado – segundo o Filme B, portal especializado no mercado de cinema –, Casamento Grego 2, de Kirk Jones, inicia uma trajetória promissora, que o remete diretamente ao primeiro.

Casamento Grego, de Joel Zwick, escrito e interpretado por Nia Vardalos, lançado em 2002, custou US$ 5 milhões, arrecadou US$ 360 milhões e foi até indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Fica a dúvida sobre por que tanto tempo para se fazer a continuação, já que apenas o aval do primeiro seria suficiente para garantir, senão o mesmo sucesso, um bom interesse público.

E essa ideia começa com um fundamento. Toula (Vardalos) e o marido (Ian - John Corbett) agora têm que lidar com a filha adolescente (Paris – Elena Kampouris), que está preste a concluir ensino médio e não quer mais estudar em Chicago. Sua família continua a mesma. Toula também descobre que o casamento dos pais (Gus – Michael Constantine; Maria – Lainie Kazan) nunca foi oficializado.

O filme então se divide em vertentes que envolvem as expectativas em torno do futuro da filha e um novo casamento. Toula, que sofreu o diabo para introduzir o marido na família, há 14 anos, perde um pouco do protagonismo para ceder às extravagâncias. E isso acaba contaminando a narrativa, com situações desencontradas e pouco tempo para desenvolver algumas subtramas interessantes.

O filme assume então a bagunça generalizada. Há pouca graça. Quase nada para rir. Os destaques são os mais velhos: Michael Constantine, perfeito como o velho rabugento que acredita ser descendente direto de Alexandre, O Grande, e a matriarca Mana-Yiaya (Bess Meisler), com presença silenciosa, dando conta de quanto faz falta a irreverência poética de Frank Capra ("Do Mundo Nada Se Leva", 1938).