Chega aos cinemas mais uma adaptação da história do garoto abandonado na selva e criado por uma alcateia de lobos. Baseado em conto do escritor inglês Rudyard Kipling, Mogli – O Menino Lobo ganha agora nova roupagem, mas conserva o espírito aventureiro e selvagem que tanto encantou crianças e jovens.

Mas um dos maiores encantamentos do filme está na recriação digital dos animais da selva que interagem com o pequeno Mogli. A Disney, que já havia feito alguns filmes com o personagem em animação tradicional, aposta agora no realismo da computação gráfica para dar vida aos animais que estão presentes na fábula.

Vão desde a família de lobos que cuida e protege o garoto, apesar dele já se adaptar à vida e aos perigos da selva, até o tigre Shere Khan, para quem a presença de um humano entre eles não lhe parece confiável. Há ainda a pantera Bagheera, espécie de conselheiro do menino, ao lado do urso trapalhão Baloo que funciona como o alívio cômico do filme.

O ator mirim Neel Sethi é o único de carne e osso no set. Ele interage com os animais criados digitalmente com grande desenvoltura. Até mesmo as cenas de ação e o senso de perigo fazem parte desse modelo realista a que o filme se apega, apesar de não esconder a propensão à moral apaziguadora das produções da Disney.